sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chuvisco



Chuvisco

Hoje de manhã cedo estava no meu quarto quando escutei uns miadinhos muito fortes e agudos pela janela. Fui para a sacada e me deparei com um gatinho pequeno e cinzento na calçada defronte da nossa casa - e tinha começado a chover. Fui correndo contar para a mãe, e nós duas fomos ver o gatinho.

Ele tinha se afastado por causa de um cachorro que estava vindo e quando chegamos na rua ele já estava na esquina, mas o chamamos e ele veio prontamente. Era cinza chumbo, de olhos amarelinhos, sujiiiiiinho, mas a coisinha mais querida! Minha mãe perguntou para um vizinho que estava na janela se o gatinho pertencia a alguém da vizinhança ou se ele havia sido abandonado na nossa rua, e o vizinho disse que era provável que ele tivesse sido abandonado. Ela pediu que se alguém viesse atrás do gatinho que ele avisasse que ele estava conosco, já que íamos tirá-lo da chuva e alimentá-lo.

O que mais nos chamou a atenção foi a doçura do gatinho. Ele miava feito louco mas foi só pegá-lo no colo para ele começar a ronronar! Levamo-os para o andar de cima onde ficam Mimosa, Palito e Mia para mostrá-lo para o meu pai, mas Palito o estranhou - provavelmente por ser outro macho. Mas o gatinho não ficou com medo do Flocky, que estava no quarto dos meus pais no momento, o que nos levou a crer que ele estava acostumado com cachorros.

Decidimos levá-lo para a lavanderia onde estavam Blue e seus filhos e irmãos para darmos comida para o recém chegado. Logo que saímos no pátio ele começou a miar novamente, provavelmente com medo que fossemos abandoná-lo na chuva! Chegando lá, minha mãe serviu ração de filhote para o gatinho e ele começou a comer que nem um condenado, fazendo uns sons muito engraçados que ficavam mais fortes quando os outros gatos chegavam perto do prato dele!

Por falar em outros gatos, muitos deles tiveram medo do pecurrucho e se esconderam embaixo (e dentro, long story) da máquina de lavar. Decidimos então deixá-lo na garagem com a Penny, pois seria mais tranqüilo para todos. Pouco tempo depois meu pai disse para eu descer correndo com meu celular para tirar uma foto, pois estavam Penny e o gatinho dormindo na caixinha da Penny abraçadinhos! Quando cheguei lá eles não estavam mais abraçados, mas Penny estava com a cabeçinha encostada no gatinho, muito fofos! Infelizmente, devido à falta de luminosidade, as fotos não sairam boas.

Logo fui informada que o recém chegado tinha sido batizado Chuvisco, uma colaboração entre meus pais. Nome apropriado diante das circunstâncias, e nem preciso dizer que Chuvisco já conquistou nossos corações!

Blog Maneiro 2



Amigateiros e amigateiras, amanhã é o prazo fatal para ganhar o prêmio do site "Olha Que Maneiro"!

Além da nossa indicação inicial feita pela Luzinha do Black Cat, recebemos também o selinho da Milene do Casinha para Gatos, da Anita do El Diario de Ana, da Silvia do GatoFru e do Teodoro do Tao do Teo, o que nos deixou muito felizes (desculpe se por acaso nos esquecemos de alguém!). Gente, obrigada pela lembrança!

Esta brincadeira nos fez também vir a conhecer muitos blogs novos (para nós) e "maneiros", ao tentar listar 10 blogs que ainda não haviam recebido o selinho. Foi muito gostoso receber o seu retorno e mensagens carinhosas!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O susto




Leozinho


Fofinha
fotos tiradas hoje

Esta é a história do susto que levei logo após a castração do Leozinho.

Para quem não leu ou não recorda do post "Tchutchuca e família", Leozinho é um dos filhos de Tchutchuca, gata que pertencia a minha cunhada e que acolhi junto com sua ninhada, quando ela (a cunhada) mudou-se para Salvador em março de 2006.

Tchutchuca foi castrada pouco depois e o outro macho da ninhada que ficou comigo (Jack) foi castrado aos 5 meses de idade.

Leozinho era menorzinho, mais frágil, e adiei por mais um tempo a castração. Quando Leo tinha perto de um ano cheguei a marcar a castração mas, por um impedimento profissional meu tive que adiá-la; na data seguinte o impedimento foi da veterinária.

Eu sou uma pessoa que acredita em destino e sinais (o que não me leva a excluir o livre arbítrio) e, por receio, comecei a protelar a castração do Leozinho.

Como Leozinho tem mais duas irmãs não castradas (Fofinha e Gisele, vulgo Cerebreta e Polaca), a partir da maturidade sexual do trio comecei o balé dos gatinhos, de modo de Leo e as gatinhas não ficassem junto: Leo em uma peça, meninas em outra; Leo no pátio, meninas presas.

Para quem não sabe a presença de um macho próximo estimula o cio das gatas, que se tornam muito mais frequentes do que o usual (fato que me foi explicado pelo vet): Fofinha e Cerebreta, ao mesmo tempo, ou alternadamente, pareciam estar sempre no cio.

Leozinho vivia nervoso, incomodava até a mãe Tchutchuca e o mano Jack; não se alimentava bem, enfim o clima foi ficando insuportável.

Finalmente, em 25 de outubro de 2008, quando mandei castrar Penny (nossa Pretinha), criei coragem e na mesma data foi feita a castração de Leo.

Mantive Leo por dois dias sozinho em uma peça, em repouso e depois, feliz porque não havia mais riscos (!!!) juntei toda a família.

Fofinha estava no cio e logo Leozinho começou a namorá-la. Como eu sabia que, principalmente nos primeiros tempos, os gatos ainda conservam alguma libido, não me preocupei, mas ... alguns dias depois, conversando com meu irmão, ele me disse que durante alguns dias o animal castrado ainda pode procriar!

Gelei completamente e procurei a vet que castrou Leo, a qual me confirmou e sugeriu que castrasse em seguida a Fofinha. Fofinha é minha gatinha anoréxica e impossível de ser manipulada de qualquer forma, pois é uma ferinha cheia de unhas e dentes, apesar de diminuta: como poderia submetê-la a todo o processo de castração e pré e pós castração?

A vet sugeriu então que aguardássemos, podia ser que tivesse só 1 ou 2 filhotes...

Confesso que tive um período de grande desânimo: mais de 2 anos de tanto trabalho para evitar que Leozinho engravidasse as irmãs e, depois de castrado, isto acontecer, era de doer... Os ouvidinhos de São Francisco devem ter doído de tanto que apelei para este Santo tão especial.

Eu, que estava sempre torcendo para que Fofinha engordasse um pouco, passei a ficar feliz ao ver que o tempo ia passando e a ferinha continuava magérrima! Depois de completos os 2 meses do ocorrido sem gravidez da Fofinha, só não soltei foguetes porque é perigoso e assusta os bichinhos.

Apesar da sorte que tive, aproveito este post para transmitir um alerta para desavisados como eu: dê um tempinho maior antes de deixar juntos um gatinho recém castrado e uma gatinha no cio!

Tenho que registrar também que me arrependo de não haver castrado Leozinho antes: seu relacionamento com a família felina tornou-se ótimo; ele está muito mais tranquilo, feliz e carinhoso; está mais gordo e forte; parou de fazer aquelas temidas "marcações de território"; Leo e a família passaram a desfrutar de toda a sua casinha e pátio todo o tempo, enfim, depois de toda a tensão, veio o perfeito "final feliz"!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Selinho!

O nosso blog ganhou esse selinho super bacana da Luzinha do Black Cat!



O selinho vem com um prêmio: uma caricatura em preto e branco que vai ser feita pelo site Olha Que Maneiro. Mas para ganhar o prêmio tem que seguir as regras!

1- Exiba a imagem do selo Olha que Maneiro - check.

2- Poste o link do blog que te indicou - check.

3- Indique 10 blogs de sua preferência e os avise, assim que terminar esta postagem - check! Ufa.

4- Publique as regras - check.

5- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras - vamos procurar ficar de olho!

6- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para vericação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá uma caricatura em preto e branco.

7- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.

É só até 31 de janeiro!


Blogs indicados:

1. Catish
2. Bigodes & Ronrons
3. Lina Gatolina
4. Felinidades Caninas
5. Louca dos Gatos
6. Gacum
7. Blog dos Gatos
8. El Diario de Ana
9. Cenário Atual
10. Weblog de Luna y Zeus

Redonda, redonda...

... a Mimosa é muito mais redonda...


"Vê se meu panceps não ganha do Toco, Claudinha?"


fazendo 'chalme'

domingo, 25 de janeiro de 2009

Visitantes? Parte 2


De baixo para cima: Kaia e Mini em cima da máquina de lavar


Kaia dentro do tanque


Docinho e Mickey escondidos embaixo da máquina de lavar


Docinho


Mickey


Mini


Negresco


Rafa Brown


Ursinha


De baixo para cima: Black, Mickey e Zulu


Bagunça com jornal no canteiro durante a cat hour

Mia ficou grávida de novo: terceira gravidez em um ano! Era uma situação angustiante; a última ninhada já tinha sido rejeitada.

Em 26 de agosto de 2008 nasceram seus filhotes. Um dia seu dono mostrou-nos os filhotes (5): 1 pretinho; 1 tigrado preto com marrom (em padrão melancia); 1 tigrado semelhante ao outro, mas com carinha, peito e partes das patas brancas; 2 frajolinhas.

Conversando com o vizinho, ele disse a meu marido que pretendia castrar Mia e que já tinha pretendentes para os filhotes.

Enquanto isso, Blue, a filhote adolescente de Mia, também ficou grávida!

O vizinho veio perguntar se queríamos ficar com algum gatinho de Mia. Disse que sua irmã que pretendia ficar com dois deles, havia desistido pois havia pego um cachorro. Falou também que havia oferecido os gatinhos em vários locais, como pet shops, protetores de animais e que não conseguiu nada. Falou que ele não tinha "espaço", que sua casa e o pátio eram pequenos.

Explicamos que já tínhamos muitos animais, inclusive cachorros, e não é fácil a introdução de novos elementos.

Falamos sobre a gravidez de Blue e seu comentário foi: "ela vai acabar dando cria na casa de vocês; ela nem desce mais aqui!".

Simples assim: tenho um animal, deixo-o reproduzir-se irresponsavelmente e os outros que assumam!

Blue não deu à luz em nossa casa, nem na favelinha. Uma bela manhã apareceu sem a barriguinha. Comia, passava um tempinho ali e sumia por um tempo, voltando na próxima refeição.

Ronaldo pesquisou nas redondezas e ninguém sabia da ninhada. Dava para ver que Blue estava amamentando pelas tetinhas repuxadas.

Quando os filhotes de Mia tinham perto de 2 meses começaram a frequentar a favelinha. Logo lhes demos nomes: Zulu (o pretinho - macho); Negresco (frajolinha - macho - também nome de bolachinha recheada); Docinho (frajolinha - fêmea); Lindinha (a tigrada com branco - fêmea) e Ursinha (a tigrada melancia - fêmea).

Novamente em contato com o vizinho, que disse:

- os gatos não iam mais na sua casa, porque ele havia arrumado um cachorrinho;

- não poderia castrar Mia, porque passava por dificuldades financeiras;

- quando Ronaldo indagou, respondeu que não se opunha a que providenciássemos a castração.

Apesar dos gatinhos já estarem se alimentando bem, comendo inclusive ração sólida, Mia ainda os amamentava e cuidava deles e tínhamos que aguardar mais um tempo.

Um belo dia pela manhã, domingo, em meados de novembro, quando estou em cima da escadinha alimentando a turminha, vejo na "porta" de uma das caixas uma carinha tigradinha com branco muito pequena para ser um dos filhotes de Mia, espio dentro da caixa e lá estão mais 2 titicas: um pretinho e outro tigradinho com branco. Blue havia trazido seus bebês, então com perto de um mês de idade!

Blue é uma gatinha miúda e mesmo assim conseguiu transportar seus filhinhos sabe-se lá desde onde.

À tarde, estava em meu quarto, quando meu marido gritou do térreo para que eu espiasse, porque ele havia visto um gatinho branco na favelinha. Espiei e havia mais 2 gatinhos: 1 quase todo branco e outro bege, com vários detalhes em marrom, patinhas, peito e parte do focinho brancos. Blue havia trazido mais 2 filhinhos!

Eram tão pequenos que dava medo pensar no que poderia acontecer com eles lá em cima. Os outros habitantes da favelinha chegaram com o dobro da idade.

Na segunda-feira de manhã espio pela janela do quarto e assisto a seguinte cena: o branquinho sai de uma caixa e vai em direção à sua mãe que estava em cima da tábua; depois vai até a ponta da tábua, espia para baixo, desequilibra-se e cai.

Nunca desci aquelas escadas tão rápido; além da queda, a porta do pátio estava aberta e tinha medo de que os cachorros pudessem atacar o nenê. Ele estava de costas no chão, todo torto. Peguei-o no colo e comecei a massagear com cuidado, depois aconcheguei-o no peito para aquecê-lo e acalmá-lo, pois o coraçaozinho estava disparado.

Eu não podia deixá-los ali na favelinha, o que fazer?

Nós tínhamos cachorros e gatos por todos os lados; eu precisava de um lugar só deles e onde a mãe Blue também pudesse ficar para amamentá-los e cuidá-los. Ela confiara em nós ao trazê-los...

Ainda havia uma opção: a lavanderia, última peça da casa, com uma porta de ligação com a cozinha e uma porta e uma basculante dando para o pátio.

Pegamos uma das caixas de papelão da favelinha para Blue não estranhar, forramos com um blusão de lã bem quentinho e acomodamos os pequerruchos.

Antes fiz um teste com o pequeninho que havia caído: coloquei-o no chão e vi que caminhava em direção à caixa, foi um alívio, não perdera os movimentos! Mas depois, enquanto os outros se movimentavam bastante, ele ficou bem quietinho dentro da caixa.

Naquele dia fui trabalhar de coração apertado, com medo de que tivessem ficado sequelas da queda. Felizmente, na hora do almoço o pequeninho já estava mais animado.

Em seguida introduzi a alimentação de desmame para os pequenos. Em um próximo post, para não me alongar demais neste, detalharei tal alimentação que me foi passada pelo veterinário vários filhotes atrás...

Os filhos de Blue são 4 machos e 1 fêmea (a que caiu da favelinha): Black (o pretinho, é óbvio); Mickey (tigradinho); Mini (Mini Cat - o outro tigradinho); Rafa Brown (o sialatinha de cara manchada); Kaia (a menina que caiu). Também dedicarei outro post à escolha dos nomes.

Blue foi e é uma mãe maravilhosa; trouxe-nos seus filhinhos gordinhos, com os pelos e os olhinhos bem limpinhos; pariu-os em um lugar seguro e abrigado, pois durante o quase um mês até trazê-los houve vários dias de chuva e vento e eles não teriam resistido se assim não fosse.

Agradeço mais uma vez a São Francisco o fato de estar olhando pela janela exatamente no momento da queda de Kaia.

Muitas coisas envolvendo os gatitos tem ocorrido e contarei brevemente, mas adianto para os amantes dos felinos que, neste momento em que estou escrevendo, é "cat hour" no meu pátio e ali estão Snow, Penny, Blue, Zulu, Docinho, Negresco, Lindinha, Ursinha, Black, Kaia, Rafa Brown, Mickey e Mini e eu já estou louca para terminar de escrever e ir lá curtir as brincadeiras com eles.

Notícia: Mama Mia foi castrada no dia 23 de dezembro de 2008. Merecerá outro post.

Blue será castrada em breve e (São Francisco me ajude!), na sequência, na idade ideal, os dez filhotes.

Preciso dizer que todos já são parte integrante e muito amada da família Leal?

P.S. Na foto do canteiro, além do jornal que os gatinhos encontraram na lavanderia e divertiram-se em destruir, dá para se ver galhos, galhinhos e gravetos (além de uma machadinha). Tal teatro de destruição deve-se ao fato de que os gatinhos estavam utilizando os galhos das árvores para terem acesso a alguns lugares perigosos (como o muro de um vizinho que tem dois cães enormes em seu pátio), o que levou-nos a providenciar uma poda radical, ainda em andamento.

Sunday Lazy Sunday