segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um cão branco e vários gatinhos pretos/conversas de consultório veterinário

Minha idéia inicial era fotografar os nove Sarnowski lanchando em nosso pátio (como já falei por aqui, Sarninha é a única que não desce no pátio). 

Acontece que, durante o lanche, Tati soltou o Flocky no pátio, para dar uma voltinha. No início foi uma debandada quase geral, como mostra a primeira foto, que decidi postar apesar de desfocada.

  Pouco depois, vendo que ele não lhes dava bola, começou a aproximação dos mais "ousados".


Debandada

"Nós preferimos continuar o lanche!" 


Muffin, observando de longe

Passeio, alheio à presença da "gangue".

Direito até a uma "cheiradinha" da Baby Cat.
(Reparem, à direita, na "maloquinha" que meu marido providenciou para os Sarnowski no pátio. Pode não ser muito bonita, mas é um ótimo abrigo.)

"Cansei, abram a porta que quero voltar para casa!"

Em nossas visitas ao consultório veterinário na semana passada, encontramos alguns cães idosos.

O primeiro deles foi um Cocker de nove anos (mesma idade do Flocky) e já surdinho e com outros probleminhas decorrentes da idade; no momento apresentava um tipo de fungo na parte interna das orelhas.

O cãozinho tentou subir na poltrona com o senhor que o acompanhava e ele, meio sem graça, disse que era da filha, que o acostumou mal e permitia subir em todos os lugares. Disse que a filha está morando em Porto Alegre e só vem para Rio Grande aos finais de semana e que ele e a esposa estão cuidando do cãozinho, mas que ele não lhe permitia certas liberdades.

Falei que eu não podia criticar sua filha, pois na minha casa os bichinhos também tinham plena liberdade e "tomavam conta".

O senhor falou, ainda, que o cãozinho era bonzinho, mas não permitia que ninguém tocasse em sua cabeça, só ele e a filha; que, quando qualquer outra pessoa o fazia, ele rosnava e ameaçava morder, apesar de nunca o haver feito de verdade.

Quando o cãozinho se aproximou de nós, dei a mão para ele cheirar e comecei a fazer carinhos em sua cabeça; Tati também fez-lhe carinhos. O senhor disse que era milagre; que o cãozinho deve ter sentido que não tínhamos medo dele. Acho que foi mais que isso: ele sentiu que o carinho vinha do coração.

  Antes de sermos atendidos, saiu do consultório uma senhora com uma mini-linguicinha, com arzinho de senhora.

A senhora disse que já estava com quatorze anos e com vários probleminhas decorrentes da idade. Ao vê-la limpando o narizinho da cadelinha, indaguei-lhe se ela estava gripada e a senhora disse-me que ela sofria de rinite alérgica.

O principal motivo de relatar aqui esses dois encontros foi o alívio que me trouxeram ao coração, ao ver que ainda há pessoas que cuidam de seus bichinhos no momento em que mais precisam: na doença e na velhice.

 Digo isso porque em minha cidade, além do constante abandono de ninhadas de filhotes, tem sido frequente o abandono de animais velhinhos e deficientes, o que é uma atitude covarde e sem coração para com aqueles que, em sua infância e juventude foram fiéis companheiros.  

10 comentários:

Blog da Pink disse...

Eu acho um absurdo total abandonar um animal velhinho ! É inaceitável ! Você escreveu um comentário no meu blog dizendo que a Rutha não era de nada, só caçava com os olhos...eu te garanto que ela já foi uma excelente caçadora, mas agora aos quase 15 anos ela não consegue nem pular na bancada da cozinha onde fica sua ração, não posso deixar no chão porque o Barum come tudo. Ela não consegue mais cuidar dos pelos por isso tenho que tosá-la 2 vezes ao ano, eu tento escovar mas ela vive na chuva e quando a enxugo os pelos ficam emaranhados de novo e não adianta escovar. Ela perdeu muito da vitalidade mas ainda dá umas corridas pelo quintal e tenho certeza que ainda vai viver muitos anos com saúde. Estou falando da Rutha mas vejo que os 4 têm limitações da idade, afinal o Barum é o caçula com 12 anos e labradores não vivem tantos anos assim com tanta saúde. Por tudo isso é imperdoável abandonar um amigo peludo quando eles mais precisam de nós.
Não se preocupe que a Rutha não ficou magoada com aquele comentário, mas ela estava agora mesmo na cozinha preparando uma poção muito forte, se prepare...
Beijos
Laís

Ana, Anjogatos disse...

Gisa, triste mas real. Amei ver todos aqueles Pretolinos no seu patio... inveja branca, viu! Beijos

Milene disse...

Adorei o Flocky! A gataria debandou geral e ele nem deu a mínima. Gatos não devem mais ser novidade para ele, rsrs. E acho muito tri as contruções que seu marido inventa para abrigar a turma.
Bjocas no coração e ótima semana.

Nikita disse...

Que lindo o que você escreveu Gisa!..É maravilhoso mesmo ver as pessoas tratando bem seus animais de estimação, se todos fossem assim seria uma glória.

Beijos, Néia

Beth disse...

Gisa querida, acho que já falei isso, mas falo novamente: adoro ver pessoas normais, com animais normais, em casas reais. Vocês são nota 10. Quem sabe num dia desses, tu e o maridão vêm passear em Carazinho City e ele faz alguns ranchinhos para meus gatinhos!
Beijos,
Beth.

Marilia disse...

Que fofos os Sarnowski!!!
=)

Unknown disse...

Pois é Gisa, tb sou a favor de sempre que possível relatar boas histórias envolvendo humanos e animais.
Alegra nossos dias e nos dá a sensação de luz no final do túnel.

Lindinhos todos esses frajolinhas.
E não tem cão que aguente por muito tempo tantos gatos juntos e animados, haha!

O Spike sempre foi o que melhor recebia os novos integrantes aqui de casa mas o coitado sofria. rs! principamente quando chegaram os filhotes. Mas sei que de onde ele está há de se lembrar de todos esses momeno com alegria.
bjs e um ótimo feriado

Gloria disse...

Concordo que temos que dar exemplos, quem sabe assim a gente sensibiliza um pouco quem descarta animais ,como quem joga fora um chinelo velho? Vc com sua turma, Lais com a dela e eu com a minha, até o fim. Bjs e boa semana.

Anya disse...

So many black cats
love that picture from the three eating cats..... so so sweet :)

Have a Happy Week-end
hugs from us all
:)

Unknown disse...

Gisa, depois de ter vindo aqui e ter visto esses frajolinhas, sonhei com o Junior, meu primogênito que nos deixou no final de 2008, duas vezes.
Não havia sonhado com ele recentemente, acho que só uma vez desde que ele se foi...
No primeiro sonho que tive, o Junior estava de volta, graças ao avanço da ciência que permitia tal proeza. Fiquei tão feliz.

Ah amiga, me bateu um tristeza agora...