terça-feira, 28 de abril de 2009

O passado de Penny



Depois de mais de um ano conosco, ontem, casualmente, descobriu-se o passado de Penny (nossa Pretinha)!

O proprietário de uma casa quase em frente à nossa faleceu há mais de um ano. A herdeira, apesar de não ir residir ali, passou a utilizar a casa para manter alguns animais: cães e gatos.

Ocorre que, de uns tempos para cá, um dos cães passa às vezes a noite inteira chorando. Preocupávamo-nos com a possibilidade do pobrezinho estar sentindo fome ou sede. Meu marido já havia entrado em contato com um vizinho que conhece a proprietária, para avisá-la do que estava ocorrendo. Durante algum tempo cessou a choradeira mas, periodicamente, voltou a repetir-se.

Ontem, casualmente, meu marido encontrou a senhora no momento em que estava saindo da casa e ofereceu-se para cuidar do animal, se ela andava sem tempo. Ela disse que o problema não era fome ou sede, pois ia seguidamente lá, mas que ele estava sentindo saudade do outro caozinho que era seu companheiro e que havia falecido. Há ainda outro cão, mas não se dão bem e ficam separados.

Ela falou, também, que chegou a ter 5 gatos na casa, mas que os vizinhos reclamavam porque eles entravam nas suas casas ou pátios, mexiam na roupa que estava na corda e faziam outros estragos. Um dia encontrou 3 dos gatinhos mortos em seu pátio; os outros 2 sumiram.

Disse que um dos que sumiram era a gatinha que chamava de "Loura" que, na realidade era toda pretinha, manquinha e vivia com a linguinha de fora!

Meu marido identificou-a na hora e perguntou: "Queres ver tua Loura? Vamos lá em casa."

Ela ficou muito feliz em ver nossa Pretinha linda e forte!

Ronaldo já foi avisando que não a devolveria, mas ela falou que nem poderia ficar com ela, pois em seu Condomínio é proibido, estando inclusive sujeita a multa se levar algum animal para lá. Disse que estava feliz em saber que ela estava conosco e bem cuidada.

Contou que, quando morava no Cassino (praia/bairro de nossa cidade, distante cerca de 15 Km do Centro) pegou Penny e que ela havia sido envenenada quando moravam lá. A primeira veterinária que procurou disse que não havia nada a ser feito. Não conformada procurou outra, que salvou Penny. Disse que foi a partir do envenenamento que ela passou a ficar sempre com a linguinha de fora.

Acho que nem preciso falar para vocês que fiquei ainda mais feliz por termos acolhido em nossa casa e nossos corações essa pretinha guerreira: seu destino poderia ter sido o mesmo dos outros 3 gatinhos que foram envenenados. Resistir ao primeiro envenenamento já foi uma grande sorte da nossa pequena!

A senhora disse que ficou com Penny por 5 anos; como ela está conosco há pouco mais de 1 ano, já tem mais de 6 anos. É sempre bom saber a idade dos bichinhos, que pode ser importante em uma avaliação veterinária.

Pretendo falar com esta senhora, para saber mais detalhes. Penny já tinha mais de 5 anos quando a pegamos e não era castrada (nós é que providenciamos sua castração em outubro passado). Ela teve crias? Quantas? Por que ela manca? Sofreu algum acidente?

Quando souber mais detalhes conto para vocês!

Enquanto isso, deixo uma questão no ar: manter animais sozinhos em uma casa, mesmo alimentando-os, é justo e suficiente para eles?

11 comentários:

Milene disse...

Oi Gisa, que história incrível da Penny. Por quanta coisa essa lindinha já passou.
Manter os animais assim não é justo, não. Além da comida e abrigo, carinho e companhia são indispensáveis. O certo seria que ela procurasse boas pessoas que pudessem adotar, e dar amor aos animais que ela mantém.
Beijocas para toda família do Miados

Gisa disse...

Oi Milene, já sofreu demais né? Só quero que sua vida daqui para a frente seja tranquila e feliz.
Eu também acho que carinho e companhia são essenciais para os animais. Basta reparar aqui em casa onde são vários animais e mesmo assim adoram estar junto a nós; brincarem conosco, serem acarinhados.
Realmente acho que o ideal era que ela procurasse doar os caezinhos, que parecem estar sofrendo.
Infelizmente eu não tenho condições de assumir mais esta responsabilidade, principalmente sendo cães. Bjs

Anônimo disse...

De jeito nenhum. Animal de todas as espécies precisam de amor e atenção.
Que sorte da pretinha ter encontrado vcs!

Querida,
O Tigre vai precisar fazer transfusão de sangue amanhã. Ele está muito anemico e a vet disse que ele tá com uma bactéria que é transmitida pela pulga. Fiquei tão atônita que não entendi nada direito. Como estarei na clínica amanhã, vou saber tudo certinho.
Reza por ele!
bjs

Gisa disse...

Oi Claudia querida! Já estou rezando e mandando todas as minhas energias positivas; estou de coração aí com vocês. Tudo há de dar certo! Bjs

Felina disse...

essa senhora precisa saebr que não existe lei que a proíba de ter um animal de estimação em condomínio, mesmo que a convenção diga que não, nossa constituição é a lei soberana e nenhuma outra lei tem mais poderes, e pelo que li a respeito a constituição nos dá o direito a poss, algum advogado presente pode esclarecer melhor do que q sou leiga, mas sempre é bom sabermos nossos direitos né? Até pra evitar sofrimentos.
Bjks!

Gisa disse...

Oi Felina: Casualmente sou advogada. A manutenção de animais domésticos em apartamentos só é vedada quando nocivo ou perigoso ao sossego, a salubridade e a segurança dos condôminos.
Localizei, entre várias outras, esta jurisprudência sobre o assunto:
"Ainda que a existência de cláusula na convenção de condomínio, ou em regulamento, proibindo a manutenção de animais nas unidades autônomas, por si só, não seja suficiente para impedir o condômino de tê-los consigo, desde que a permanência do animal acarreta transtorno, desassossego e apreensão a outros moradores do edifício, impõe-se a sua retirada."
No caso de cães em especial, é fácil alegar que tiram o sossego dos demais condôminos, por latirem muito, por latirem durante a noite, etc.
As pessoas geralmente não querem recorrer à justiça, principalmente com o risco de perderem e, neste caso, no mínimo terem de arcar com os honorários de sucumbência e custas judiciais.
No caso específico dessa senhora, apesar do que disse ao meu marido, não sei se ela mesma gostaria de ter dois cães, que não se dão bem, em seu apartamento. Eu não cheguei a falar com ela e não pude averiguar nada. Não sei sequer o tamanho dos cães, pois ninguém passeia com eles e não temos como enxergálos. Bjs

Gisa disse...

Opa, faltou o hífen: "enxergá-los".

Felina disse...

pobres animais, mas eu compraria toda e qualquer briga pelos meus amores, a se ia, o povo ia pelejar pra provar que eles incomodariam, coisa q os meus não fazem e nem meu prédio proíbe, aqui os problemas são sempre causados pela falta de caráter de alguns moradores mesmo eolha que somo apenas 14 ap e todos proprietários.

Gisa disse...

Oi Felina: Eu também nunca abriria mão de meus filhos; aliás quando morava em apartamento tive cães e gatos (não no mesmo número de hoje, é claro!) Felizmente os demais condôminos nunca criaram problemas, até porque a maioria também tinha animais; mas se tentassem, é lógico que ia ter briga! Bjs

Claudinha disse...

Essa pretinha é sortuda! ou melhor, vcs são sortudos....rs

Morei 5 anos num apto em São Carlos e só um dos porteiros sabia que tinha gatos (ele um dia me viu com a caixa de transporte e perguntou se era gato.... ele disse que tb tinha) os outros moradores nunca reclamaram e nem sabiam da existencia deles.... tb não era proibido... sempre penso nisso quando vou procurar apto, mas agora com tantas amigas gateiras-advogadas, fico tranquila... rs

Um super beijo

Gisa disse...

Oi Claudinha: Gatos dificilmente poderiam ser acusados de perturbar o sossego ou a segurança dos condôminos. Apesar que Penny teve um cio antes que a castrássemos; tivemos que mantê-la presa e a gatinha tinha um miado constante de sirene! Mas, castrados, gatinhos não perturbam ninguém. Bjs